quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Dilma deve anunicar novo ministério hoje

O corte de dez ministérios e a nova composição da equipe de governo da presidente Dilma Rousseff (PT) devem ser anunciados hoje antes da viagem da petista aos Estados Unidos. A informação foi divulgada pelo líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (PT). O PMDB deverá ser o principal partido contemplado nas pastas mais densas do primeiro escalão. “Está definido que o ministério da Saúde fica com o PMDB”, disse um peemedebista.
Os nomes mais cotados para assumir o cargo do atual ministro Arthur Chioro, são os deputados Marcelo Castro, do Piauí, e Manoel Júnior, da Paraíba. Essa é a primeira vez no governo Dilma que a pasta vai ser ocupada por um nome fora do PT. A ideia inicial era colocar no posto um nome que fosse indicado pelo governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB). A intenção, no entanto, não teve respaldo da bancada do partido na Câmara dos Deputados, o que levou o governo federal a pedir indicações aos parlamentares peemedebistas.
A lista com os nomes entregue pelo deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) à Dilma não constava o do atual ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, ligado ao vice-presidente. O episódio acabou desagradando Michel Temer. Embora o líder do PMDB no senado, Eunício Oliveira, tenha afirmado, em reuniões com a presidente Dilma, que o partido na Casa não teria “reivindicação nova” para a reforma, um correligionário informou que senadores peemedebistas estariam cogitando, ainda na noite de ontem, espaço em mais um ministério.
A ideia seria manter Kátia Abreu, ministra da Agricultura, e Eduardo Braga, ministro de Minas e Energia, na nova composição. Como no entendimento dos senadores, a ministra Kátia representa a cota pessoal da presidente, um novo nome do partido poderia, assim, ocupar o ministério da Integração Nacional ou do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Segundo relatos, o novo movimento inesperado dos parlamentares “atrapalhou” as conversas para a reforma ministerial mesmo após um dia exaustivo de negociações. “Está uma confusão”, disse um deputado contactado pelo O POVO.
(O Povo com agências)

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